O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por estar defendendo anistia aos presos por cometer atentado contra a democracia, invés de falar “sou inocente”, na visão do petista, isso seria uma confissão de culpa. A declaração foi dada à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.
“As pessoas que ficam querendo antecipar uma discussão sobre anistia estão acusando. Quando o ex-presidente fica pedindo anistia, está provando que é culpado, que cometeu crime. Ele deveria estar falando ‘vou provar minha inocência'”, disse ele.
“Ele [Bolsonaro] deveria estar dizendo ‘sou inocente, vou provar minha inocência’. Mas está pedindo anistia. Ou seja, ele está dizendo: ‘Gente, eu sou culpado. Tentei bolar um plano para matar o Lula, o Alckmin, o Alexandre de Moraes, não deu certo porque tive uma diarreia, fiquei com medo, tive que voar para os Estados Unidos”, continuou o presidente.
O petista, que na última quarta-feira (19), estava fazendo um discurso menos incisivo, ao falar sobre a denúncia da PGR contra o ex-presidente, pela primeira vez.
“Eu não vou comentar um processo que está na Justiça. O que eu posso dizer é que nesse país, no tempo em que eu governo o Brasil, todas as pessoas têm direito à presunção de inocência. Se provarem que não tentaram dar golpe e que não tentaram matar o presidente, o vice e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ficarão livres e serão cidadãos que poderão transitar pelo Brasil inteiro”, disse Lula, em primeira declaração.