O governo dos Estados Unidos determinou um prazo de 72 horas para que o embaixador sul-africano em Washington, Ebrahim Rasool, deixe o país. A decisão foi comunicada neste sábado (15), pelo Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, após Rasool ser declarado “persona non grata” pelo chefe da diplomacia americana.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, usou a rede social X para acusar o embaixador sul-africano de ser um “político racista que odeia os Estados Unidos e Donald Trump” e que “explora questões raciais”.
A expulsão ocorre em meio a uma escalada de tensões entre os dois países, intensificada desde o retorno de Trump ao poder. Em entrevista ao canal de notícias da televisão pública SABCA, a presidência sul-africana reagiu classificando a medida como “lamentável” e o ministro das Relações Exteriores classificou como “sem precedentes”.
O governo sul-africano tem sido alvo de críticas de Washington, principalmente devido à sua ação na Corte Internacional de Justiça contra Israel e às políticas de reforma agrária que, segundo Trump e aliados como Elon Musk, prejudicam os descendentes de colonos europeus.
A crise diplomática levanta dúvidas sobre o futuro da África do sul no acordo comercial que permite a exportação de bens sem tarifas para os EUA.