O Banco Central suspendeu o acesso ao sistema Pix de mais três instituições de pagamento, no contexto das investigações do ataque cibernético contra a prestadora de serviço de tecnologia C&M Software, segundo comunicado enviado ao mercado na noite de sexta-feira (4). Agora são seis instituições sem acesso.
A medida preventiva é contra Voluti Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank, que se somam a Transfeera, Nuoro Pay e Soffy, suspensas pela autoridade monetária na quinta-feira (3).
Contas nas seis fintechs receberam parte do dinheiro desviado durante o ataque de segunda —há estimativas de que os criminosos furtaram cerca de R$ 1 bilhão. Apenas a BMP Money Plus perdeu R$ 541 milhões, de acordo com investigações da Polícia Cilvil de São Paulo.
A suspensão tem duração máxima de 60 dias, de acordo com resolução do BC que estabeleceu a lei do Pix. A autoridade monetária pode “suspender cautelarmente, a qualquer tempo, a participação no Pix do participante cuja conduta esteja colocando em risco o regular funcionamento do arranjo de pagamentos.”
A Transfeera afirma que suas operações seguem funcionando normalmente, com exceção do Pix. “Nossa instituição, tampouco nossos clientes, foram afetados pelo incidente noticiado no início da semana e estamos colaborando com as autoridades para liberação da funcionalidade de pagamento instantâneo.”
A Nuoro Pay diz que respeita às normas do Banco Central e reafirma a sua postura colaborativa, com respostas tempestivas e transparentes. “A Nuoro mantém diálogo com as áreas técnicas do Banco Central e informa que medidas legais e administrativas estão em curso, permanecendo à disposição para colaborar com a elucidação dos fatos e com a expectativa de breve restabelecimento de sua normalidade operacional.”
A reportagem tenta contato com a Soffy desde sexta-feira por email e telefonou para o seu dono, Stevam Paz Bastos, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O site da Soffy está fora do ar.