Maria Celeste Oliveira de Souza, de 75 anos, faleceu no último domingo (6) após sofrer um infarto agudo do miocárdio no município de Ruy Barbosa. A idosa estava internada na UPA de Itaberaba, onde aguardava por uma transferência para uma vaga em UTI cardíaca que nunca chegou a acontecer.
Segundo familiares, a idosa passou horas em estado grave, dependendo de cuidados intensivos que não estavam disponíveis na unidade de pronto atendimento em Itaberaba e foi enviada para Ruy Barbosa. A ausência de uma vaga em tempo hábil levantou questionamentos sobre a eficácia do sistema de regulação em Itaberaba.
A família de Maria Celeste acredita que houve negligência no atendimento e na condução do caso, especialmente no que diz respeito à demora para a transferência. Para os parentes, se a paciente tivesse recebido o suporte hospitalar necessário em tempo hábil, como uma UTI equipada e especializada, ela teria grandes chances de sobreviver.
O caso gerou comoção entre amigos e moradores da cidade, que cobram respostas das autoridades de saúde. A situação expõe mais uma vez a fragilidade da rede pública de Itaberaba em lidar com urgências médicas e reacende o debate sobre o acesso desigual a serviços de saúde de alta complexidade.
Jornal da Chapada