Existe uma crença de que o uso de salto alto pode ser um dos fatores para o aparecimento de varizes, as veias dilatadas que dificultam a circulação sanguínea. A condição pode ser provocada por diversos fatores, como predisposição genética, gravidez, idade, sedentarismo, obesidade, longos tempos em pé. 

No entanto, de acordo com o angiologista Herik Oliveira, em entrevista ao Metrópoles, o uso do sapato não é uma causa direta. O que ocorre é uma limitação dos movimentos do tornozelo e da panturrilha devido ao salto.Essa limitação de movimento, a longo prazo, pode ocasionar um acúmulo de sangue nas pernas, diminuindo o retorno do sangue nas veias dos pés para o coração. Para pessoas que têm outros fatores de risco relacionados a varizes, isso pode agravar os sintomas, mas o uso de sapato não é causador de varizes”, afirma o médico.A associação errada com varizes acaba acontecendo devido aos sintomas. A utilização de saltos podem causar a sensação de peso nas pernas e inchaço que se confundem com a condição vascular.

O que fazer?

Para quem convive com varizes, o médico explica que escolher o modelo de sapato faz total diferença. Saltos muito altos – ou seja, acima de 7 centímetros – e finos, como o salto agulha, são os mais prejudiciais. Já os saltos médios, entre 3 e 5 cm, causam menos impacto no retorno venoso. Plataformas muito rígidas também atrapalham a movimentação natural do pé”, alerta Herik Oliveira. 

O médico recomenda modelos com base mais larga ou do tipo anabela. Nesse tipo de sapato, o calcanhar se estende da parte de trás para a frente do pé, que oferece maior estabilidade e distribuição do peso, o que reduz a sobrecarga nos pés, joelhos e colunas.Adeus, salto?

Para quem não quer abdicar do salto alto, o médico explica que é preciso ter cautela. O médico faz algumas recomendações como:

  • Evitar o uso diário e prolongado, reservando o salto para ocasiões específicas;
  • Preferir usar saltos médios e mais largos, que oferecem estabilidade;
  • Alternar com sapatos baixos e confortáveis ao longo da semana;
  • Realizar atividade física regular para fortalecer a panturrilha;
  • Fazer alongamentos para evitar encurtamentos musculares.

Classificação Indicativa: Livre

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