O cooperativismo do semiárido baiano estará em pauta na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém. Duas iniciativas foram selecionadas para apresentar modelos de produção e sustentabilidade, são elas a “Ser do Sertão” e “FrigBahia”.


Formada por mulheres e jovens, a Ser do Sertão foi selecionada pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB Nacional) com modelo de produção de polpas de frutas, sem uso de água e aditivos, combinado com um programa de recuperação de áreas da Caatinga por meio da metodologia agroflorestal.

A Cooperativa Ser do Sertão foi escolhida para representar a Bahia como exemplo de produção em clima seco. “Foi uma surpresa para nós. Isso mostra que o trabalho que estamos fazendo está no caminho certo”, comenta Valdirene Oliveira, presidente da cooperativa.


“O nosso diferencial é a metodologia de agrofloresta para recuperação de área degradada na Caatinga. O resultado que temos com a implementação dessas unidades demonstrativas tem um impacto real, e isso foi notado pela equipe que selecionou os projetos”, complementa Valdirene Oliveira.

Outra cooperativa foi a FrigBahia, fornecerá cortes especiais de caprinos e ovinos para a mesa de autoridades que participarão da COP-30. A proteína, servida sob a marca Fino Sertão, estará no menu de presidentes e autoridades presentes.


A cooperativa, criada em 2015, é reconhecida pela rastreabilidade com a agricultura familiar, que é responsável pela maior parte de seus fornecedores. A qualidade da carne é o resultado de um processo que envolve manejo sanitário, assistência técnica e valorização do bem-estar animal.


Atualmente, os produtos da cooperativa chegam a redes de varejo em oito estados e no Distrito Federal. A FrigBahia integra uma rede de sete cooperativas de pequenos produtores, garantindo mercado para centenas de famílias do semiárido baiano. “Do sertão para o mundo! Celebramos essa remessa de cinco toneladas de produtos para a COP-30. Estamos levando sabor e qualidade da Bahia para Belém”, celebra o presidente da FrigBahia, Wanderley Gomes.

Em um território marcado pela escassez de água, essas cooperativas mostram que o semiárido brasileiro é um polo de tecnologia social.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[email protected]
71 99703-6567 | 71 99237-1334
Abrir bate-papo
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?