Alvo da CPI da Covid no caso que envolveu a venda da vacina Covaxin ao governo Jair Bolsonaro (PL), a farmacêutica Emanuela Medrades atuou em duas empresas concorrentes durante uma licitação recente do Ministério da Saúde do governo Lula (PT) para uma compra milionária de insulina.
A disputa aberta em 2024 foi vencida pela empresa Star Pharma, que assinou dois contratos que somam R$ 127,4 milhões para fornecer o produto ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Emanuela não consta como sócia formal da Star Pharma, mas atua na empresa ao menos desde 2023. Ela é a responsável técnica da licença sanitária da empresa e seu companheiro assina o contrato de insulina como testemunha.
Uma das concorrentes derrotadas, a Medicpharma foi transferida meses antes do certame para Matheus Scarlatte, advogado de Emanuela e da própria Star Pharma. Ele recebeu a sociedade dessa empresa de uma pessoa que é funcionário de uma outra empresa em nome de Emanuela.