Uma comitiva de 11 tropeiros que sai de Pé de Serra (BA) e chega, de mula, à Festa do Peão do Barretos, impressiona qualquer pessoa. Mas essa história consegue ficar ainda mais interessante e curiosa quando se descobre que, entre o grupo, há uma única mulher. Marinalva Carneiro encarou, aos 71 anos, a jornada de 1,6 mil quilômetros e 30 cidades no lombo do animal, enfrentou percalços pelo caminho, colecionou histórias e chegou, orgulhosa, ao maior rodeio da América Latina.
O grupo saiu do município do interior da Bahia no dia 3 de julho e, agora, sonha em fazer uma entrada especial na arena de rodeios mais famosa do país.
Marinalva afirmou que não imaginava que a presença dela na comitiva teria tanto impacto por ser a única mulher e a veterana do grupo. Apesar de reforçar que não havia diferenças e “todo mundo se ajudou”, comemorou as marcas que conquistou e lições que deixou.
“Os meninos da tropa viraram meus amigos, minha família. Todas as vezes que precisei de atendimento médico, todos paralisavam a tropeada e me aguardavam. Eu não quis desistir e eles foram essenciais nesse processo, pois precisei de ajuda, já que fiquei muito machucada, tomando injeções de antibiótico e necessitando de curativos até me curar”, destacou.