Céu cinza encoberto por fumaça, fogo por todos os lados e dificuldade para respirar por conta da má qualidade do ar. É assim que a população brasileira está vivendo nos últimos meses, especialmente no Norte, Centro-Oeste e Sudeste do país, graças às queimadas e incêndios florestais. O cenário na Bahia não é muito diferente.

Sendo o segundo estado do Nordeste em número de focos de incêndios, a Bahia teve 3.356 ocorrências registradas entre janeiro e agosto deste ano, segundo o Sistema de Monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), estando atrás apenas do Maranhão, com 6.871 registros.

O Coronel Almeida, do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, afirmou que o cenário do estado se dá por conta de uma série de combinações, mas o principal é o ser humano.

“Estamos vivendo um período bastante seco por causa das mudanças climáticas, o aumento da temperatura ajuda muito a causar incêndios. E a gente sabe que, historicamente, os meses de setembro e outubro são de grande incidência de incêndios florestais. Mas o fato é que 95% dos incêndios são causados pela ação humana, seja intencional ou por negligência, muitas vezes por gente que toca fogo no lixo e acaba se espalhando, ou quem toca fogo no pasto, vai fazer uma fogueira. Poucas vezes são de causas naturais – com cacos de vidros e latinhas na mata”, disse.

Segundo o coronel, a região Oeste é a que mais sofre com os incêndios, como os municípios de Muquém do São Francisco, Barreiras, Formosa do Rio Preto, São Desidério e Cocos. Já em outubro, a região da Chapada Diamantina costuma ser castigada pelo fogo.

A cidade de São Paulo apareceu no topo das metrópoles com a pior qualidade do ar no mundo, superando locais como Karachi, no Paquistão; Dubai, nos Emirados Árabes Unidos e Tel Aviv-Yafo, em Israel. Questionado se os baianos devem sofrer da mesma forma que os brasileiros das regiões Centro-Oeste e Sudeste, o Coronel Almeida afirmou que é muito difícil e exaltou o trabalho dos socorristas baianos.

“A gente faz acompanhamento através do Painel do Fogo, uma plataforma do Governo Federal, onde, por satélite, são exibidas as áreas que tem fogo em nosso estado. A gente faz o acompanhamento e, no momento, tem focos espalhados, mas não estamos numa situação de alerta vermelho e, sim, de preocupação, mas os nossos bombeiros estão dando conta. Somos referência no Nordeste no combate aos incêndios florestais”, ressaltou.

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