Dados recentes do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox/BA) confirmam que em todo estado baiano foram registrados 9.495 casos nos quatro primeiros meses do ano. Os acidentes com escorpiões representam 71,5% das notificações envolvendo animais peçonhentos no estado. Só em 2024 o estado teve mais de 24 mil casos

Um estudo publicado na revista Frontiers in Public Health aponta um aumento de 250% nas picadas de escorpião no Brasil na última década. Para Sâmia Neves, professora de Medicina Veterinária da Universidade Salvador (Unifacs), esse aumento está relacionado a fatores como o desmatamento e a expansão urbana desordenada, resultantes na perda do habitat natural dos escorpiões, o acúmulo de entulho, que oferece esconderijo ideal para eles, e as mudanças climáticas.

“Outros fatores importantes são a redução dos predadores de escorpiões por conta das ações antrópicas e o poder de adaptação de algumas espécies”, explica a especialista.

Para prevenir acidentes, é essencial manter a casa limpa e organizada, vedar portas e janelas, usar repelentes e inspecionar calçados e roupas antes de usar. Em caso de picada, procure atendimento médico imediato, lave a área com água e sabão, mantenha a calma e aplique compressas frias.

Importante destacar que é recomendação médica não cortar ou sugar a picada, esses hábitos não são eficientes após um ataque do animal. As espécies de escorpião de maior relevância na Bahia são o escorpião-amarelo (T. serrulatus), o escorpião-marrom (T. bahiensis) e o escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus).

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