A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “não está tentando ser o imperador do mundo”. A declaração dada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17) é uma resposta a uma fala em que o presidente Lula (PT) afirma que “Trump não foi eleito para ser ‘imperador do mundo”. As informações são do g1.
“O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos Estados Unidos da América e também é o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o globo por causa da liderança firme deste presidente”, disse Leavitt.
A declaração de Lula, por sua vez, ocorreu em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional. O presidente brasileiro afirmou que não quer ser refém dos Estados Unidos e busca liberdade para o comércio internacional. O presidente disse ainda que Trump não foi eleito para ser “imperador do mundo”.
“O Brasil gosta de negociar em paz. É assim que eu ajo, e acho que é assim que todos os presidentes deveriam agir. E penso o mesmo sobre o presidente Trump, que o Brasil é um aliado histórico dos EUA. O Brasil valoriza as relações econômicas que tem com os EUA, mas o Brasil não aceitará nada imposto a ele de outro país. Aceitamos negociação, e não imposição.”
Leavitt foi questionada sobre a declaração de Lula durante uma coletiva de imprensa com jornalistas na Casa Branca. A porta-voz afirmou que Trump é um líder forte e com influência global. Ela comentou sobre as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA.
Segundo Leavitt, as regulações digitais do Brasil e a “fraca proteção à propriedade intelectual” prejudicam empresas americanas de tecnologia e inovação. “Além disso, a tolerância do país com o desmatamento ilegal e outras práticas ambientais coloca os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos — que seguem padrões ambientais melhores — em desvantagem competitiva”, disse.
No Brasil, por sua vez, Lula afirma que Trump tem demonstrado falta de interesse em negociar e age como se pudesse impor tarifas livremente a outros países. O petista disse ainda não vê Trump como um político de extrema-direita, mas como o presidente eleito para representar o povo dos Estados Unidos.