O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda aguarda a liberação de orçamento para conseguir iniciar até o final deste ano os testes do Censo Agropecuário, disse nesta sexta-feira (6) o diretor de pesquisas da instituição, Gustavo Junger.

O cronograma do levantamento vive impasse com a falta de verba. A previsão do IBGE é fazer a coleta das informações definitivas em 2026, após os testes e outras etapas preparatórias neste ano.
“O orçamento do Censo Agropecuário precisa ser debatido no âmbito ministerial, para liberação. Se a gente tiver condições, a ideia é começar os testes este ano, em novembro”, afirmou Junger em entrevista no Rio de Janeiro, após a divulgação de dados de religião do Censo Demográfico 2022.

“É nossa intenção. Agora, a gente precisa ter o orçamento, que, de fato, a gente ainda não tem”, acrescentou.
Conforme o diretor, o IBGE solicitou ao governo federal R$ 700 milhões para iniciar os trabalhos do Censo Agropecuário. Ainda não há confirmação de quantos recursos serão disponibilizados para 2025.

“A gente está aguardando, mas segue com todos os outros trabalhos de desenvolvimento de sistema, de aplicativo de coleta, preparação para treinamento”, disse.

“Tem hoje uma discussão na casa sobre o modelo de treinamento que a gente vai usar, definição de questionário, toda essa parte independe de definição de orçamento. Essa parte toda segue o trabalho normalmente”, acrescentou.
Em meio ao impasse sobre a verba, a direção do IBGE também trabalha para substituir o servidor Octávio Costa de Oliveira do cargo de coordenador de estatísticas agropecuárias. A troca abriu uma nova frente da crise entre funcionários e a gestão do presidente Marcio Pochmann.

Oliveira já foi comunicado da sua exoneração, mas a saída do cargo ainda não foi formalizada, dependendo de trâmites burocráticos.
A Folha de S.Paulo apurou que divergências em relação ao cronograma do Censo Agropecuário pesaram na decisão. Entre técnicos da instituição, a avaliação é a de que os preparativos estão atrasados. Assim, realizar a coleta no próximo ano não seria a opção mais adequada.

A ideia de transferir o levantamento para 2027, contudo, enfrenta resistência no comando do instituto. O atrito resultou na exoneração de Oliveira, nome conhecido nos corredores do IBGE.

A edição mais recente do Censo Agropecuário é relativa a 2017. À época, o instituto contabilizou 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários no país.

By Laiana

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