O que seria uma simples cirurgia de laqueadura acabou se transformando em um pesadelo para a argentina Alison Calfunao. Internada em junho em uma clínica particular na Patagônia para realizar o procedimento de esterilização, a jovem de 29 anos acordou da anestesia com uma perna amputada e, mais tarde, foi informada de que havia passado por um transplante de coração.

A laqueadura, indicada para impedir a gravidez, não possui qualquer relação direta com o coração ou os membros inferiores. O caso, cercado de incertezas, causou indignação na família de Alison. A mãe dela, Carina Calfunao, desabafou nas redes sociais.
“Nenhuma ligação. Nenhum pedido de desculpas. Nenhuma explicação. Nenhuma solidariedade. Nenhuma responsabilidade. Nada. O silêncio dói tanto quanto a ferida”, escreveu.

Segundo o jornal Clarín, a clínica ainda não forneceu uma versão oficial, mas informações preliminares indicam que Alison teria sofrido duas paradas cardíacas durante o procedimento, o que levou à insuficiência cardíaca grave. Para salvar a vida da paciente, os médicos teriam optado por encaminhá-la a uma unidade de maior complexidade, onde ela foi incluída em uma fila emergencial de transplante.
Durante a transferência para outro hospital, Alison desenvolveu um coágulo sanguíneo e uma infecção em um dos pés, que evoluiu rapidamente e exigiu a amputação da perna acima do joelho. O transplante de coração foi realizado oito dias após a internação inicial, no Hospital Italiano de Buenos Aires.

A jovem segue internada, em processo de recuperação física e psicológica. O caso, no entanto, levantou uma série de dúvidas sobre a conduta médica, a comunicação com a família e possíveis negligências.

“Naquele dia, minha filha morreu. Ela morreu naquela sala de cirurgia. Seu coração foi despedaçado, sua perna foi amputada, seu corpo e sua vida mudaram para sempre”, lamentou a mãe.

By Laiana

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