O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que irá transladar o corpo da publicitária Juliana Marins, 26, que morreu ao fazer uma trilha em torno de um vulcão na Indonésia, de volta para o Brasil. O presidente da República conversou com o pai de Juliana, Manoel Marins, nesta quinta-feira (26), para prestar solidariedade e indicar que o governo deverá fazer esse translado.
“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, escreveu o petista em seu perfil no X, antigo Twitter.
A lei brasileira diz que o Itamaraty não arca com o translado dos corpos de brasileiros mortos no exterior. A norma, no entanto, tem exceção para casos médicos específicos e atendimento emergencial de caráter humanitário.
Mais cedo, a Prefeitura de Niterói (RJ) também anunciou que iria custear o traslado. O prefeito Rodrigo Neves (PDT) disse que conversou com a irmã da turista, Mariana Marins, e assumiu o compromisso de trazer o corpo da jovem para a cidade onde ela morava.
Juliana será velada e sepultada em Niterói, em data ainda não marcada. O corpo ainda está na Indonésia, onde passará por autópsia para que a causa da morte seja determinada. Depois disso, será liberado à família para o retorno ao Brasil.
Juliana foi localizada na segunda-feira (23), com ajuda de um drone térmico. Ela estava presa em um penhasco rochoso e visualmente imóvel. O local era de difícil acesso, e as buscas precisaram ser paralisadas diversas vezes devido às más condições climáticas.
O corpo da turista brasileira só foi resgatado do penhasco nesta quarta-feira (25), quando já estava morta. Ainda de acordo com a família, a equipe terminou de içar o corpo de Juliana às 14h45 (horário local, madrugada no Brasil).
Em publicação nas redes sociais, a família de Juliana afirma que a equipe do resgate foi negligente e que vai lutar por justiça. No total, a turista esperou quatro dias por socorro.