O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou pela primeira vez, na tarde desta quarta-feira (19), após a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
Nas palavras do petista, o ex-chefe do Poder Executivo e os demais acusados deverão ter direito à presunção de inocência e, caso a provem, serão livres.
“Eu não vou comentar um processo que está na Justiça. […] Se eles provarem que não tentaram dar golpe, e se eles provarem que não tentaram matar o presidente, o vice-presidente e o presidente do Superior Tribunal Eleitoral, eles ficarão livres e serão cidadãos que poderão transitar pelo Brasil inteiro”, disse Lula.
Durante sua fala, o atual presidente não citou diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada em entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto.
A denúncia do PGR foi direcionada a Bolsonaro e outras 33 pessoas por organização criminosa e tentativa de golpe. Segundo o órgão federal, os envolvidos tinham interesse em impedir o funcionamento dos poderes e depois o governo eleito.
De acordo com o documento apresentado, o ex-presidente Bolsonaro seria o responsável por liderar a organização criminosa, ao lado do candidato a vice na chapa com o ex-presidente, general Braga Netto.