O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para a França entre os dias 4 e 9 de junho, para cumprir uma visita de Estado, a primeira realizada por um chefe de governo brasileiro em 13 anos.
A última foi em 2012, durante o governo Dilma Rousseff. A agenda é considerada estratégica para o fortalecimento das relações entre os dois países e deverá culminar na assinatura de 20 acordos bilaterais, com destaque para uma declaração conjunta sobre mudanças climáticas.
De acordo com o Itamaraty, entre os compromissos firmados com o presidente francês Emmanuel Macron, estão parcerias nas áreas de vacinas, segurança pública, educação, ciência e tecnologia. Também deverá ser anunciado um corredor marítimo descarbonizado e novos investimentos entre os países, cuja corrente comercial chegou a US$ 9,1 bilhões em 2024, representando alta de 8% em relação ao ano anterior. A França é o terceiro maior investidor estrangeiro no Brasil, com um estoque superior a US$ 66,3 bilhões.
Além da cúpula bilateral, Lula será homenageado pela Academia Francesa, distinção histórica que até hoje só havia sido concedida a Dom Pedro II, em 1872. Ele também receberá o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Paris 8 e visitará a exposição do Ano do Brasil na França, no Grand Palais.
Durante a viagem, o presidente participará ainda do Fórum Econômico Brasil-França, de uma cerimônia oficial no Hotel des Invalides e da assinatura da certificação sanitária internacional que reconhece o Brasil como livre da febre aftosa sem vacinação, reforçando o status sanitário do país no comércio global de carnes.
A programação inclui uma visita à cidade de Toulon, onde Lula e Macron devem retomar o diálogo sobre o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub), iniciativa estratégica de defesa que envolve a cooperação militar entre Brasil e França.