O senador colombiano Miguel Uribe, de 39 anos, pré-candidato à presidência do país, morreu nesta segunda-feira (11). Ele estava internado em estado crítico desde o atentado ocorrido em um comício, em Bogotá, em 7 de junho, quando foi atingido por três tiros disparados por um adolescente de 15 anos.

Uribe, que era uma das principais lideranças de oposição ao governo atual e neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala, lutava para sobreviver após a hemorragia cerebral sofrida no fim de semana. O jovem suspeito do ataque foi detido logo após o ocorrido, mas ainda não se sabe se ele tinha ligações com grupos políticos ou criminosos.

Durante o ataque, ocorrido em um parque da capital colombiana, outras duas pessoas também ficaram feridas. O senador estava discursando quando foi baleado pelas costas. A Procuradoria-Geral da Colômbia abriu investigação, e o presidente Gustavo Petro determinou apuração imediata do caso.

A morte de Uribe gerou comoção nacional e manifestações de líderes políticos. O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, líder do partido Centro Democrático, lamentou a perda, afirmando que “o mal destrói tudo” e pedindo que a luta de Miguel ilumine o caminho do país. O governo brasileiro e autoridades internacionais, como o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também condenaram o atentado.

Filho de Diana Turbay, jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín quando ele tinha apenas cinco anos, Miguel Uribe deixa esposa e um filho. Ele era senador desde 2022, tendo sido o parlamentar mais votado nas últimas eleições, e sua trajetória foi marcada por uma forte oposição ao atual governo da Colômbia.

O país enfrenta uma escalada de violência política, com Uribe sendo a terceira vítima fatal de atentados contra candidatos presidenciais nas últimas cinco décadas, numa triste lista que inclui Luiz Carlos Galán e Bernardo Jaramillo Ossa. A morte do senador lança nova sombra sobre o clima político na Colômbia, que se prepara para as eleições de março de 2026.

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