As confirmações das mortes por Febre Oropouche registradas pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) foram validadas pelo Ministério da Saúde (MS) nesta quinta-feira (25). As vítimas não tinham comorbidades e nem eram gestantes.  

primeira morte registrada foi de uma moradora de Valença, de 24 anos, e ocorreu no dia 27 de março. Já a segunda foi de uma mulher residente em Camamu, de 21 anos, no dia 10 de maio. Equipes de Vigilância à Saúde da Sesab mantiveram contato com o MS desde a suspeita do primeiro óbito pela doença, informando todos os pontos do processo de investigação epidemiológica. “Mantemos diálogo permanente com o Ministério da Saúde sobre a Febre Oropouche, desde o registro dos primeiros casos da doença na Bahia, e intensificamos os contatos com a suspeita dos óbitos”, afirmou Márcia São Pedro, diretora da Vigilância Epidemiológica Estadual. 

Na terça-feira (23), técnicos da Vigilância em Saúde do Estado da Bahia e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS fizeram uma reunião, onde os profissionais da Sesab apresentaram mais dados e estudos que levaram à confirmação dos óbitos pela doença. Na ocasião, os técnicos da Bahia informaram que as pacientes apresentaram um início abrupto de febre, dor de cabeça, dor retro orbital e mialgia, que evoluíram com rapidez para sintomas graves, como dor abdominal intensa, sangramento e hipotensão.

Além disso, eles também explicaram que as mortes foram confirmadas pela Câmara Técnica Estadual da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, após uma investigação ampla e criteriosa tanto no aspecto clínico, como laboratorial, para descartar outras doenças de interesse para a saúde pública da Bahia.  

“A investigação epidemiológica foi realizada nos municípios de residência. Foi feita entrevista domiciliar e coleta de informações nos prontuários médicos. Também foi realizado contato telefônico da Câmara Técnica Estadual da DIVEP com os médicos que assistiram as pacientes. Além disso, ainda foi realizada análise metagenômica do vírus com identificação do material genético do vírus OROV”, explicou Márcia São Pedro.

Após a apresentação dos dados, incluindo o processo investigativo, relatórios, exames e prontuários, os técnicos do Ministério da Saúde realizaram análises para a validação das confirmações dos óbitos por Febre Oropouche. 

Cenário da doença na Bahia 

O Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) diagnosticou, até o dia 23 de julho de 2024, 835 amostras positivas da doença em moradores da Bahia, distribuídas em 59 municípios de sete macrorregiões de saúde. Desses casos, 58% estão concentrados na macrorregião Sul, 39% na macrorregião Leste. 

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