Em um dia de protestos com milhares nas ruas dos EUA e de um assassinato de uma deputada estadual, o aguardado desfile militar com dezenas de blindados e 6.700 soldados dos EUA começou na noite deste sábado (14), em Washington, para satisfação do presidente Donald Trump, aniversariante do dia (79 anos). Mais cedo, ele fez questão de convocar a população a comparecer à parada militar.

Em um breve discurso, Trump exaltou o Exército e disse que havia chegado a hora de os EUA celebrarem suas vitórias. “Se vocês ameaçarem nossas pessoas, nossos soldados irão até você, e sua derrota será certa. Porque nossos soldados não desistem, não se entregam. Eles lutam e ganham”, declarou o presidente.
“Todos os países celebram suas vitórias. Chegou a hora de fazermos o mesmo. E é o que estamos fazendo aqui”. afirmou.

Este é o primeiro desfile militar na capital depois de 34 anos. O motivo oficial são os 250 anos do Exército dos Estados Unidos, formado para lutar a guerra que deu a independência ao país em 1776, mas não à toa foi marcado no dia do aniversário de Trump.
O gasto do evento é estimado em até US$ 45 milhões (R$ 250 milhões). O custo é um dos motivos de crítica, além de seu aspecto autoritário. Paradas militares costumam ser associadas no exterior a países sob ditadura ou com líderes autocráticos.

Desde o tempo da União Soviética, por exemplo, Moscou é palco de tais manifestações. Todo ano, o Dia da Vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial é celebrado com pompa, que foi turbinada desde que Vladimir Putin, por quem Trump já declarou simpatia diversas vezes, chegou ao poder.
As autoridades e os jornais também ressaltaram a orientação para que moradores não atendessem a porta para quem estivesse vestido de policial. Só devem fazer isso se houver duas pessoas e, em caso de dúvida, ligar para o 911, telefone da polícia.

Além do episódio em Minnesota, reportagem do The Wall Street Journal mostrou que grupos de extrema-direita estavam disparando diretrizes pelas redes sociais para que respondessem com violência aos protestos. Nos grupos de conversa, extremistas estavam compartilhando a localização dos atos contra o presidente americano.
O jornal reportou que, em canais do Telegram de grupos afiliados aos Proud Boys, que ajudaram a liderar a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, circulava um meme dizendo: “Atire em alguns, e o resto vai embora”.

As manifestações chamadas de “No Kings” (Sem reis) reuniram milhares de pessoas, com previsão de atos em mais de 2.000 cidades. Segundo organizadores, a ideia é que fossem pacíficas e apenas fizessem contraponto ao desfile militar de Trump e à decisão do republicano de mandar forças federais a Los Angeles, palco de atos contra o cerco a imigrantes desde o último fim de semana.

By Laiana

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